ALERP
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31/07/2019 16:48:15 | Por: josselmo Batista Neres | Visitas: 519
Foto: museuneno.com.br
Por Ana Lúcia Osternes de Araújo
Membro da Academia de Letras da Confederação Valenciana (ALCV)
Em nome da Academia de Letras da Confederação Valenciana representada pela presidente, professora Valdice Nunes de Almeida e demais acadêmicos.
SAÚDO A TODOS OS PRESENTES
Agradeço a Deus pelo dom da vida, e aos acadêmicos desta entidade pelo privilegio da minha fala, pois me coube à honra de prestar uma modesta, sincera e leal homenagem a Academia de Letras da Região de Picos - ALERP Guardiã da cultura picoense.
A palavra com a qual Guimarães Rosa conclui o seu livro “Grande Sertão: veredas” é a mesma com que desejo iniciar este discurso – travessia. Travessia foi o gesto inicial da Professora Rosa Luz e seus colaboradores que em 22 de outubro de 1989 fundaram a ALERP - Academia de Letras da Região de Picos, através de encontro realizado no auditório do INSS, em Picos, denominado Primeiro Encontro de Cultura da Região de Picos. Que contou com o apoio do escritor Francisco Miguel de Moura e do membro da Academia Piauiense de Letras, Hardi Filho. E vários escritores picoenses, entre os quais, Ozildo Batista de Barros, Mundica Fontes, Heraldo Santos, Sávio Barão, Edivan Araújo, Fábio Neiva, Ranossil, Fernando Varão, José Airton, Vilebaldo Rocha e a Professora Camila.
Reconhecemos que a iniciativa deste grupo ao decorrer do tempo persuadiu outros intelectuais a mergulharem no universo literário e assumirem a natureza do desafio. Portanto, entendemos que esta tarefa foi e continua sendo ponteada de grande mobilização humana, e imensurável perseverança que nos comove no sentido de se conjugarem e se traduzirem o compromisso de trabalhar pelo universo da arte, que os impulsionam rumo à missão mediadora entre a participação efetiva na criação e socialização da cultura historicamente registrada em suas falas, nos saberes e nos fazeres do seu povo.
Por esta razão os ilustres membros integrantes desta instituição Academia de Letras da Confederação Valenciana servem-se deste momento oportuno para parabenizá-los e reafirmar a aliança de companheirismo, por entendemos que a Academia de Letras da Região de Picos – ALERP, assim como a Academia de Letras da Confederação Valenciana e muitas outras nasceram de uma esperança. E para ter esperança precisamos ser ousados para acreditarmos em algo quando não temos uma certeza, mas temos possibilidades, em nós mesmo, e ao nosso redor de satisfazer nossas necessidades e realizar nossas aspirações.
Nossa homenagem estende-se ao Presidente Vilebaldo Nogueira Rocha e todos os membros presentes e também aqueles que por algum motivo não puderam estar aqui para celebrar conosco a magnitude desse evento.
O nosso desejo é que o amor a arte faça de cada um de vocês um instrumento de batalha cada vez mais forte revestido dessa mesma coragem que os ajudou a chegar aqui, e que Deus conceda saúde e paz para que vocês continuem assumindo as suas missões a frente dos movimentos literários das presentes e futuras gerações não só de Picos mas do mundo inteiro.
Para completar minha fala partimos do simples para o mais complexo, podemos dizer que somos alfabetizados para poder ler tudo que quisermos, a leitura é um processo sociocultural concebido através da interação com elementos técnicos, científicos e criativos que nos capacita para ampliarmos nosso repertório em diversas linguagens e assim descobrirmos o que os outros pensam. E para reforçar essa ideia estamos aqui para prestigiarmos o lançamento da trilogia da professora, escritora e crítica literária Deolinda Marques: O gato e a Lagartixa, O canção e a Raposa e Impressões de Leitura.
Sabemos, pois amigos que os livros não nascem prontos, eles nascem da interface da leitura e da escrita e tomando como premissa a afetividade com os mesmos, compreendemos que eles devem ter um espaço dentro da nossa casa para conviver conosco.
Estes livros, certamente são descendentes de uma vida, projetados e criados com muito amor e dedicação. Certamente fruto do sacrifício de não almoçar direito, de não descansar, de deixar de viajar, de dar um perdido nos amigos como dizem meus alunos, tudo isso e muito mais foi necessário para que ela focasse nos rastros das suas ideias, nas pegadas da inquietude para dar lugar às gotículas de suor que lhe escorreram pelo lombo nas escrivaninhas vazias dentro das noites silenciosas.
Porque não há dúvida de que a arte é o alimento de sobrevivência dos artistas e ao mesmo tempo é também um dom subjetivo que exige a paciência e a sabedoria de um caçador, além da coragem e da persistência para escrever um livro o escritor carece de um preparo de longos dias e isso se chama engrenagem, meio pelo qual se projeta a pescaria de letras para com elas formarem palavras, elaborar frases e criar enunciados linguísticos coesos, coerentes e desejáveis. Certamente é por isso que o escritor deve ser extremamente cuidadoso para ficar de olho nas raspinhas do tempo que lhe sobra de uma vida cheia de afazeres que começa com os deveres domésticos e segue com as exigências profissionais e com os deveres relacionados às responsabilidades familiares.
Entrelaçando vínculo, Deolinda Marques foi minha professora de Literatura na UESPI, portanto, peço aos presentes que me permitam declarar que Deolinda Marques foi uma professora que contribuiu para minha formação como pessoa e como cidadã, ainda me lembro do poema “Flor de cebola” que ela declamava na sala de aula. Era um poema em construção não tenho ciência se veio a vingar.
E chegando ao final destas minhas humildes palavras quero agradecer em nome da Academia de Letras da Confederação valenciana a presença e a atenção de todos.
Muito obrigada
Valença do Piauí (PI)
- 06 de Julho de 2019
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