ALERP
ALERP
06/03/2021 | Por: Gilson Chagas | Visitas:161
Imagem da internet
Por Gilson Chagas*
Questiono a poesia densa e cerebral
Em traje “chic”, gala, fraque ou “passeio-formal”,
Fausta, solene e imponente,
Mas Incapaz de alcançar a gente.
Quero os versos singelos com tempero e graça
Que elevam o fraco e arrebatam a massa,
Inserem o simples e consolam o triste;
Que apontam rumos para o timoneiro,
E impulsionam o caminheiro
Sem a soberba de um dedo em riste
Dispenso o hermetismo do poema,
Que faz do enigma tese ou teorema
E busca a louvação pró forma e fria
Sem a química, o sal e sol da poesia.
Venha-me, pois, a poética doce e cristalina,
Que toca e enleva a alma peregrina.
Quanto mais audível se fizer seu canto - alegre ou aflito -
Tanto mais energia se propagará no infinito.
(*) Gilson Chagas é membro da Academia de Letras da Região de Picos - ALERP
- Poema escrito especialmente para o XVII SEMINÁRIO DE LITERATURA PIAUÍENSE, de 12.12.2020, no contexto da palestra: LETRA DE MÚSICA – POESIA COM A FORÇA DO SOM.
Comentar matéria
Seja o primeiro a comentar esta matéria!
© 2024 - Academia de Letras da Região de Picos - ALERP