Ser mãe...
É amar incondicionalmente...
É desprender-me de mim mesma,  cedendo lugar as minhas filhas.
É renascer a cada dia na luta pela felicidade delas.
É encontrar, nos seus sonhos, um novo sentido para a minha vida!

                    E para  torná-las  felizes,
                    Tomando as palavras de Hime,
                    “Eu saio do tom
                    Me esqueço no tempo e no espaço
                    E faço sonhos de crepom”.

Ser mãe...
É  preocupação revestida de serenidade,
É frustração compensada,
É fantasia em projeção,
É  minha maior realização!

               E quando estão protegidas, 
               Tomando as palavras de Hime,
                “Eu faço canção
                E quase levito...”
                Radiante de emoção!

Ser mãe ...
 É  vivenciar momentos de euforia, alegria, felicidade
          incomparáveis... imensuráveis...
 É experienciar renúncias, sofrimentos, dificuldades...
 que, por elas e para elas, tornam-se
           triviais... suportáveis...

               E quando estão nos meus braços...,
                Tomando as palavras de Hime,
                “ a tristeza parece banal
                 E o meu coração aos pedaços
                 Se remenda para um número a mais”.

Ser mãe ...
É viver histórias inusitadas...
É fazer o inexplicável, o incomparável, o impensável.
É tornar possível, permissível, superável...
 O que se apresenta frágil, invencível, impraticável.

              E quando estão vulneráveis,
              Tomando as palavras de Hime,
              Eu faço careta, trapaça e cartaz
               “Espanto da casa
                as sombras da rua.
                Faço a lua
                Faço a brisa”,
                Para Giovana Leticia
                e Maria Luisa
                Viverem em Paz!         

Cleânia  de Sales Silva
Membro da Academia de Letras da Região de Picos - ALERP