ALERP
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Foi o primeiro ocupante da cadeira nº. 02 da Academia de Letras da Região de Picos, ocupada atualmente pelo escritor Francisco Teotônio da Luz Neto.
José Martinho Leal nasceu em 25 de maio de 1926, sendo natural de Picos. Advogado, professor, filho de João Martinho Leal e de Bárbara Leopoldo Leal, ele comerciante e ela costureira de renome na cidade de Picos, já falecidos, teve três irmãos: Maria do Monte Leal, Antônio Martinho Leal e Maria das Graças Leal. Foi casado com a cearense Bernadete Lopes Leal, tendo como filhos: José Martinho Leal Júnior (piloto), Teresa Cristina Leal (médica), Tomas Martinho Leal (já falecido), Ricardo Martinho Leal e Verônica Leal (advogada).
Iniciou seus estudos no grupo escolar Coelho Rodrigues. Fez o ginásio no Seminário Marista em Recife e concluiu o secundário no Colégio São João, em Fortaleza.
Realizou os cursos superiores: Filosofia na Faculdade Católica de Filosofia do Ceará e de Direito na Faculdade de Direito Federal do Ceará.
José Martinho fez várias especializações, como: Administração Escolar na Escola Apolônio Sales em Recife; Mestrado de Administração de Empresas na UECE; fez especializações na fundação Getúlio Vargas e no CEPRON.
No campo profissional, José Martinho atuou no magistério secundário por 40 anos e no magistério superior durante 4 anos. Durante 23 anos, exerceu a função de diretor de colégios e como advogado foram 40 anos dedicados.
Suas atividades literárias são bem vastas com produção em poesias de 235 poemas entre eles Sou Teu e Vida Feliz, que retrata sobre a vontade de viver acima de tudo; produção em discursos com 2.154 orações, além de 123 artigos em jornais e reportagens em TV e rádio.
José Martinho Leal integrou a Academia de Letras da Região de Picos, como membro fundador, ocupando a cadeira nº 02, cujo patrono é o Dr. Urbano Maria Eulálio que foi juiz de Picos durante 30 anos, exercendo seu cargo com a maior integridade.
Entre vários poemas e discursos de José Martinho Leal deve ser citado um discurso em que ele ressalta a função e a importância da Academia de Letras para a comunidade picoense e ainda comenta que “por menor que seja a safra intelectual de cada um, saber estudar, possuir a arte de aprender, já é ser abastado nas posses, e ter aproveitado o tempo”.
Apesar de ter nascido em Picos, Doutor ou Professor Leal, teve sua formação intelectual e dedicação profissional em Recife – Pernambuco e Fortaleza – Ceará, onde se formou, trabalhou e se aposentou. Mas o destino lhe reservou uma missão que nem ele mesmo tinha conhecimento, pois inconscientemente chegou a Picos para contribuir com o Direito, voltando a militância jurídica, mas pouco tempo depois da sua chegada, vêm o movimento cultural que culminou com a criação da Academia de Letras da Região de Picos, estando ele lá, para também contribuir com a cultura picoense e participando desse processo de suma importância para a cultura picoense, no entanto, não demorou muito, por não se adaptar à estrutura que Picos lhe proporcionava, pois acostumado ao Teatro, Cinema, bons livros e o contato com intelectuais constantemente, o que Picos não tinha a menor condição de lhe dar. Diante dessa carência, aos poucos Dr. Leal foi retornando à capital alencarina, onde viveu até o dia 07 de abril de 2004, desempenhando as funções de sempre: Professor e Advogado, apesar de já aposentado, quando faleceu. Seu corpo foi velado em Fortaleza e cremado, chegando a Picos somente suas cinzas, atendendo um desejo seu.
O professor e Advogado, José Martinho Leal, pela sua sapiência, determinação e desenvoltura foi eleito o segundo presidente da Academia de Letras da Região de Picos em 22 de Outubro de 1991, sendo empossado em 12 de Dezembro do mesmo ano, mas não chegou a concluir o seu primeiro ano de mandato, renunciou a presidência no segundo semestre de 1992 para retornar definitivamente a Fortaleza – Ceará, assumindo interinamente a presidência da entidade, Edvaldo Pereira de Moura, na época, vice-presidente.
Apesar de apresentar alguns problemas de saúde, nos últimos dias, José Martinho Leal, dedicava-se aos seus eloqüentes e profundos poemas e discursos. Poliglota, falava com fluência o Francês, Inglês, espanhol, etc. O Francês, era para Dr. Leal, como se fosse sua língua mater. Sua partida desta para o além, é percebida como uma perda irreparável para Picos, para a cultura e para a advocacia. Um MESTRE.
Como forma de homenageá-lo, a ALERP o tornou PATRONO da cadeira 25.
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