ALERP
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APRESENTAÇÃO DO NEOACADÊMICO DEDÉ LUZ À ALERP PELO ACADÊMICO FRANCISCO DAS CHAGAS SOUSA
Cadeira nº 17 – Patrono: Petrônio Portela
O Sr. JOSÉ ANTÔNIO DA LUZ (Dedé Luz), filho de Antônio Custódio da Luz e de Francisca de Sousa Luz, é casado, atualmente, com Cleidiane Gonçalves de Moura. Filhos: Thamires, primogênita, do primeiro enlace; Álvaro e Alisson, do relacionamento atual. Irmãos vivos : Maria Vilani Luz, Francisco Antônio da Luz e Maria Irene da Luz. É Professor da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Poeta, Escritor e Compositor.
Nasceu a 22/01/1961, nesta cidade de Picos (Pi), no Bairro Ipueiras, onde conviveu com familiares a maior parte de seu tempo. Foi nesse Bairro tão querido que o homenageado neoacadêmico despontava para o mundo, através de brincadeiras, de grupos de jovens e de pescarias nas ipueiras lamacentas, empanzinadas pelas cheias do Guaribas. Na verdade, foi Ipueiras, para o Professor, o seu recôncavo-berço, um Céu.
Em tenra idade, Dedé Luz, assim conhecido, já demonstrava desenvoltura, principalmente na área literária, compondo poemas, músicas, mensagens, hinos e outros trabalhos destinados à família, à escola, às cidades vizinhas e, principalmente, à Igreja. Sempre o agradavam por tais trabalhos, destacando-se, neste sentido, a saudosa Dona Amália, esposa do Senhor Almeida Guimarães, mulher religiosamente generosa. Além disso, o menino, Dedé, também costumava ler romances de cordel para o avô Custódio, desenhar cenas do cotidiano e brincar com carrinhos fabricados por ele no seu quintal. Além disso, frequentava a Escola, ajudando o pai na lavoura. Tinha um sonho que lhe era impossível ante as circunstâncias da época: ser ator.
Estudou o Primário em um Grupo Escolar da localidade, não esquecendo suas primeiras professoras: Socorro Luz, Dona Benvinda, dentre outras. Certa vez, quase morre de pejo, quando, atingido por fogos de artifício, por ocasião das festas religiosas do Bairro, na presença das orientadoras, teve que trocar a roupa ensanguentada, para que o levassem sobre ombros, de sua casa, em frente à escola, até o hospital da cidade.
Anteciparam-lhe, por desenvoltura no processo ensino-aprendizagem do Primário, o Exame de Admissão ao Ginásio, o que lhe concedeu aprovação alta. No Curso Ginasial, sempre se destacava, apresentando sua alma poética em tudo que fazia. Amava seus professores, em especial o saudoso Mestre Inácio Baldoíno, seu antecessor nesta Confraria, homenageado pelo SALIVAG (Salão de Livros do Vale do Guaribas, em Picos (Pi), no ano de2019), para quem, ali, declamava, em vida, o poeta neoacadêmico de que falo um emotivo poema.
Serviu o neoacadêmico Dedé Luz o Exército Brasileiro, após o término do Curso Científico em 1980. Nas Forças Armadas, exerceu a graduação de Cabo, QM: 02−QPM:022, convocado, em seguida, pelo alto desempenho, pela 26ª CSM, para fazer o Curso de Sargento Temporário, no 2° BEC, na Capital teresinense. Transcorridos três meses deste Curso, pedia desligamento, o que muito lhe custou, pois seus superiores não contavam com tal decisão. Com insistência, desligou-se, enfim, do Curso, apresentando-se, hoje, como Sargento da Reserva, carregando, pois, o diploma de ‘Honra ao Mérito pelos serviços prestados àquela Organização Militar. Lembra-se de que tomara um ‘’porre’’, antes de voltar a casa, depois de desligar-se do Grupamento Militar - tal decisão lhe trazia vergonhava e alívio. Contudo, seus pais o receberam na volta, com carinho, não querendo contrariá-lo em sua decisão. Em tom brincalhão, seu pai, Toinho de Custódio, sorrindo, apontava-lhe, no muro, uma grande enxada, dizendo-lhe: ‘’Filho, não tem nada não! Aquela ali te espera! Tá bem amoladinha, José!” − Essas palavras chocavam o poeta-escritor, não porque este desprezasse a roça, mas pelo medo de enfrentar a vida.
Passados alguns meses, ao ver Dedé Luz, na Universidade Federal do Piauí, uma portaria, abrindo inscrições para o curso de Letras, fê-la, passando no certame com boa colocação. Em casa, familiares abraçavam-no, na ocasião, festejando o feito. Um de seus sobrinhos, ainda criança, assim lhe perguntava: “Quer dizer, Tio Dedé, que titio agora vai apender a fazer um A? E também um B? Vai saber as letra tudim, né?’’ − Essa lúdica lembrança marca até hoje o Professor e Acadêmico em pauta.
Fez JOSÉ ANTÔNIO DA LUZ, ainda, na UFPI, Campus de Picos, o curso de Letras, destacando-se como Aluno-Mestre, o que lhe rendia um contrato, para lecionar na rede pública. Ingressando, pois, no Magistério, precisamente, na Escola Técnica, o PREMEM de Picos, na qual o amigo e confrade, Francisco das Chagas Sousa, que ora o apresenta nesta solenidade, foi seu aluno, no Curso de Edificações, certo dia, recebe a visita das irmãs Helena e Zita, freiras educadoras cordimarianas em Picos. Propunham seu ingresso no Colégio das Irmãs, desta cidade, para lecionar a disciplina Português, em substituição à conceituada Irmã Zita, prestes a aposentar-se.
Em 1983, ainda no I.M.H, participou do ll FEMUSAPI, concurso de música sacra, ganhando o segundo lugar, com a apresentação da música’’ Rei-Menino’’, por ele composta e interpretada.
Depois de trabalhar na 3ª Delegacia do Serviço Militar, aqui em Picos, em 1990, conclui, na FAFOPA, em Pernambuco, Licenciatura Plena em Letras, tendo momentos de sofrimento e alegria, junto a amigos inesquecíveis.
Já, de 1994 a 1996, como Professor da Universidade Estadual do Piauí, ministrava as cadeiras de Português e Linguística. Outrossim, fez, posteriormente, em 1999, também, no Estado de Pernambuco, especialização em Programação de Ensino de Língua Portuguesa, com habilitação em Português, Inglês, Literatura Portuguesa e Literatura Inglesa. Mais tarde, aqui em Picos, na Universidade Estadual do Piauí, fez Bacharelado em Ciências Jurídicas, o que muito lhe deu experiência, nunca, porém, atuando na área. Nascera mesmo para ser Professor! Por isso, até hoje, amigos e familiares com Ele brincam, dizendo-lhe que “nunca ganhou muito dinheiro, porque não quis”, coisa que não o abala.
Foi ainda, Prof. Dedé, Diretor da UNA (União de Amigos-Regional de Picos), oportunidade em que estreitou laços com a Família Luz e ramificações, através de trabalhos a nível de Família e de Comunidade, vivenciando experiências marcantes à frente da Associação. Depois, compôs, dentre outros textos, o hino Oficial da ‘’Família Luz’’, na ocasião do lançamento do livro de autoria do escritor, Teotônio Luz, intitulado “Genealogia da Família Luz”.
Autor do livro ‘’O Antro da Poesia’’ e co-participante autoral no livro “Entre Cordéis e Lendas”, junto a poetas do Brasil inteiro, a exemplo de Deolinda Marques e Graça Moura, desta recebendo o convite para a participação na obra, dentre muitos projetos inéditos nos gêneros poema, conto, causo, crônica e documentário, Dedé Luz, assim, tem registrado memorável serviço à educação de Picos e do Piauí, chegando a produzir o poema musicado ‘’O Colibri’’, gravado na voz de Marcelo Luz, texto que faz alusão à maioria das cidades piauienses, retratando-as com marcantes características.
Hoje, o Senhor JOSÉ ANTÔNIO DA LUZ, é acadêmico da ALERP ( Academia de Letras da Região de Picos ), eleito no dia 23 de Abril deste ano de 2021, para ocupar a Cadeira de número 17, anteriormente ocupada pelo Professor imortal, Inácio Baldoíno de Barros, cujo Patrono tem a representação do eminente jurista e político piauiense valenciano, Petrônio Portela Nunes, recebendo, hoje, 18 de junho do ano em curso, a devida posse na Cátedra em referência.
Continua o acadêmico eleito lecionando no Colégio São Lucas, nesta cidade, escrevendo, compondo, dando e recebendo respeito em tudo que realiza, na área de Linguagens, Códigos e suas tecnologias. Nesta escola, também, já ensinou, no curso de Pedagogia da Instituição, as disciplinas ligadas à área de Comunicação e Expressão, sem contar que, também, já ministrou cursos de reciclagem para professores da rede de nosso Município.
Por outro lado, senhores, os livros do homenageado apresentam-se como tênue marca da sua vasta produção literária inédita. Apesar de já ter projetadas várias antologias em gêneros variados, no entanto, é a poesia que o invade, sendo o tempo da existência humana breve para a exposição das temáticas que, poeticamente, desenvolve, não se atrelando, pois, a padrões estéticos nenhuns.
Com larga experiência no ensino de Língua Portuguesa, sempre achou que só é possível compreendê-la, quando se começa a debatê-la, como dever cívico-social. Costuma, outrossim, fazer correções científico-linguísticas de teses e projetos monográficos, além de compor poemas, hinos, crônicas e textos metalinguísticos, dentro, é claro, de suas possibilidades.
Agradece, enfim, a Deus, aos ensinamentos da profissão, dos pais e do mundo o dom da vida, a escolarização e o conhecimento de mundo. Naturalmente, deseja que seus leitores, na posteridade, possam abraçar suas futuras obras, desejando, no seu ofício de acadêmico e escritor, ser humilde, quanto a sugestões, críticas ou elogios, desde que aceitáveis e importantes para o seu crescimento literário.
Por tudo dantes expresso, agradece, enfim, aos apoiadores presentes e aos que aqui não se encontram, o fato de lhe terem dado estímulo para esta causa, renovando, pois, sua gratidão a esta Academia, tão bem representada. Para Ele, toda essa gente faz parte da sua poesia. Deseja, enfim, que este evento seja consagrado e oficializado no livro de Deus, para que Este nos inspire impulsos positivos na produção de culturas e outras dádivas necessárias à vida humana.
Um beijo no nosso coração
nos deixa o neoconfrade,
Dedé Luz e familiares.
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